Drácula
Calhou que em conversa alguém mencionasse o icónico Ricardo Araújo Pereira como autor de uma crónica que fazia a apologia do vampiro. Não li. Embora o meu interlocutor mencionasse o assunto superficialmente e com escassez de detalhes, a hematofagia era defendida com base nos seguintes pressupostos: se com uma simples picada no pescoço se pode conseguir a imortalidade, então qual é o problema? Deviam fazer fila para ser mordidos por vampiros em vez de sacar dos crucifixos. Não sei se será bem assim. Parece-me uma visão simplista e redutora do problema. Passo a expor as minhas reticências: Sou alérgico a picadas. Se não fosse tão averso a ser perfurado, seria candidato a toxicodependente, mas sendo como sou, nem tenho tatuagens nem sequer quero ser diabético. E ter dois furinhos no pescoço, além de inestético, faz-me muita impressão. O espelho. Vampiro que é vampiro não tem a sua imagem reflectida no espelho. Ora eu até nem sou vaidoso, mas até eu faço a barba de vez em quando, e f