O snack-bar da Alice
Foi há três Verões atrás, há cerca de três anos, no Verão, que o Estimado Ouvinte e o Caro Telespectador se encontraram para comer uma caracolada como não havia outra. Guisadinhos, com os corninhos de fora, a puxar ao sal e à imperial fresquinha, as lesmas só tinham descanso quando os amigos pousavam os picos para ensopar o panito no molho, ou destemperar com um tremoço. A conversa também era amena: discutia-se a programação da semana, o que dava sempre azo a animadas controvérsias, já que nem o Estimado Ouvinte apreciava os programas de televisão, nem o Caro Telespectador tinha paciência para as rubricas da telefonia. E foi por isso, mas sobretudo por a tachada de gastrópodes ter chegado ao fim, que decidiram que a tarde ainda era jovem, que o dia estava agradável, e que seria um gesto simpático ir visitar um amigo comum, pelo que se puseram a caminho da casa do Prezado Leitor, que vivia numa vivenda ali por trás do campo da bola, mas o Prezado Leitor não vivia na vivenda, vivia na ga