As tiranias das minorias
Activistas invadem barbearia de Lisboa onde só entram homens e cães
Parece que há uma barbearia onde as mulheres não entram. Eu até julgava que não entrariam em nenhuma, mas as mulheres são assim: basta que não possam ir, acham logo imprescindível lá entrar. Para fazer tanta questão de ir a uma barbearia, devem ser daquelas com pelo na venta, ou a famosa mulher de barbas dos circos saltimbancos.
Mas não é a pilosidade facial das activistas que me aflige. A mim o que me faz confusão é que não haja o direito de ter uma barbearia onde as mulheres não entrem. Ora se o estabelecimento é privado, não deverá o dono poder escolher a clientela? Para mais se está claramente especificado no direito de admissão: "Só homens e cães". Que direito têm elas de ir implicar com o honesto proprietário? Então e porque é que não há um movimento de bêbedos a irromper por todos os cafés snack-bares e restaurantes e partir aquilo tudo só porque há lá um cartaz a avisar "proibido vender álcool a pessoas notoriamente embriagadas"? Se isso acontecesse, seria o fim do mundo, chamar-lhes-iam vândalos, bandidos e outras coisas menos simpáticas, mas quando são elas a fazer os desacatos, são "activistas". Para mais, os bêbedos são clientes regulares daqueles estabelecimentos, fazem despesa, enquanto que elas estragaram a loja por pura implicação. Os cães não sei. Tenho visto muitas activistas na televisão e admiro e apoio a sua luta. São do movimento FEMEN, e acho que não há quem não esteja de acordo com as suas manifestações. Aliás, se à porta da barbearia elas se tivessem manifestado assim, não creio que quer os proprietários quer a clientela se tivessem queixado. Os cães continuo a não saber.
Não consigo aceitar ou sequer compreender esta "luta": não gosta da barbearia, não vai lá. Fácil. Vai a outra barbearia onde barbeiem mulheres. Porquê tanto alarido?
Mas há mais!
É que isto não é um exclusivo de mulheres hirsutas, o princípio da coisa está muito mais enraizado. É o mesmo princípio que leva a comunidade gay a fazer desfiles arco íris. Parece que com orgulho... Na verdade estou-me nas tintas para os gays, o cu é deles, não tenho nada a ver com isso, mas irrita-me que se pavoneiem por aí aos guinchinhos e façam parar o trânsito e se armem em vítimas. dá-me vontade de lhes mandar uma pedrada nos cornos. Mas depois seria homofóbico... E por falar nisso, não terei eu o direito de ser homofóbico? E se eu quiser ser homofóbico? Se for agorafóbico. é uma doença, coitadinho de mim, mas se for homofóbico sou um pária da sociedade, um intolerante. Faço notar que é possível ser homofóbico sem os estrangular em vielas escuras, basta não gostar deles. É como ser barbeariofóbico.
Chamem-me antes activista, fica mais bonito.
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