Contra o Racismo, Marchar, Marchar
Hoje em dia temos que ter muito cuidado com o que dizemos. E com o que vestimos, com o modo como olhamos, como falamos. Basta uma palavra dita ou até não dita, um olhar, um suspiro. .. e está o caldo entornado. A maldade está na cabeça das pessoas e até o mais bem intencionado demónio pode incorrer em fatais lapsos de língua que os piores santos se apressam a interpretar da maneira mais estúpidamente políticamente correcta (correta) possível. Não porque se importem ou lhes faça diferença, mas porque é importante demonstrar perante o publicuzinho atento que somos uns gajos fixes, preocupados com a saúde do mundo e os direitos dos animais.
Por isso é que é tabu (taboo) admitir que somos xenófobos, homofóbicos, de direita, racistas, damos estalos nas criancinhas, ou comemos carne vermelha. E não é porque de facto o sejamos, mas se não formos ostensivamente contra, a Opinião Pública assume invariavelmente que somos a favor, e isso é inadmissível.
Temos que respeitar os direitos dos outros. Dos estrangeiros, dos maricas, dos pretos, dos fedelhos e dos touros das ganaderias mais sofisticadas. Mas não dos xenófobos, homofóbicos, de direita, racistas, ou aficcionados (aficionados), porque esses não podem ter essa opinião. Essas opiniões são más. As nossas é que são boas. Como dizia o meu colega (de escola) nazi: "liberdade para todos, menos para alguns. Eu é que não tenho direito a pensar como quero". Se um polícia calha a dar um tiro num cigano que andava a roubar, vêm os primos e os tios ao hospital e "o raio da ciganada só vem armar sarrabulho". Se for um branco, nem se dá por isso, mas se for um preto a fugir num carro roubado, é racismo, brutalidade policial, fica o Casal Ventoso em pé-de-guerra, e não temos condições de vida queremos mais subsídios.
Ora de boas intenções está o inferno cheio, e parece que os fiscais de linha das nossas ligas são humanamente proactivos (ativos) e aparentemente é também das suas obrigações zelar pela paz social e evitar confrontos multi-raciais (multirraciais) que possam fazer perigar a saúde e a idoneidade das instituições desportivas, pelo que em vez de fiscalizar os fora-de-jogo (foradejogo) tratam de olhar em volta a ver se os cidadãos (cidadões) se comportam com cidadania e não violam os direitos morais dos artistas. Nada de chamar Lopotegui (xenofobia), paneleiro (homofobia), fazer cornos com os dedos (defensor das touradas) ou preto (racismo).
Azar dos azares, o fulano era mesmo Preto. Não de cor, mas de nome. Acontece. Se se chamasse Panasca, seria a mesma coisa, mas não é um apelido tão vulgar.
Curiosamente, Branco também é um apelido vulgar, e nunca ouvi contar que um treinador tivesse sido expulso ou multado por chamar isso a um jogador. Discriminação.
Fica aqui a história, aparentemente verídica, da situação.
http://www.maisfutebol.iol.pt/reportagem/aliados/treinador-expulso-por-racismo-foi-um-erro-ele-chama-se-preto
Por isso é que é tabu (taboo) admitir que somos xenófobos, homofóbicos, de direita, racistas, damos estalos nas criancinhas, ou comemos carne vermelha. E não é porque de facto o sejamos, mas se não formos ostensivamente contra, a Opinião Pública assume invariavelmente que somos a favor, e isso é inadmissível.
Temos que respeitar os direitos dos outros. Dos estrangeiros, dos maricas, dos pretos, dos fedelhos e dos touros das ganaderias mais sofisticadas. Mas não dos xenófobos, homofóbicos, de direita, racistas, ou aficcionados (aficionados), porque esses não podem ter essa opinião. Essas opiniões são más. As nossas é que são boas. Como dizia o meu colega (de escola) nazi: "liberdade para todos, menos para alguns. Eu é que não tenho direito a pensar como quero". Se um polícia calha a dar um tiro num cigano que andava a roubar, vêm os primos e os tios ao hospital e "o raio da ciganada só vem armar sarrabulho". Se for um branco, nem se dá por isso, mas se for um preto a fugir num carro roubado, é racismo, brutalidade policial, fica o Casal Ventoso em pé-de-guerra, e não temos condições de vida queremos mais subsídios.
Ora de boas intenções está o inferno cheio, e parece que os fiscais de linha das nossas ligas são humanamente proactivos (ativos) e aparentemente é também das suas obrigações zelar pela paz social e evitar confrontos multi-raciais (multirraciais) que possam fazer perigar a saúde e a idoneidade das instituições desportivas, pelo que em vez de fiscalizar os fora-de-jogo (foradejogo) tratam de olhar em volta a ver se os cidadãos (cidadões) se comportam com cidadania e não violam os direitos morais dos artistas. Nada de chamar Lopotegui (xenofobia), paneleiro (homofobia), fazer cornos com os dedos (defensor das touradas) ou preto (racismo).
Azar dos azares, o fulano era mesmo Preto. Não de cor, mas de nome. Acontece. Se se chamasse Panasca, seria a mesma coisa, mas não é um apelido tão vulgar.
Curiosamente, Branco também é um apelido vulgar, e nunca ouvi contar que um treinador tivesse sido expulso ou multado por chamar isso a um jogador. Discriminação.
Fica aqui a história, aparentemente verídica, da situação.
http://www.maisfutebol.iol.pt/reportagem/aliados/treinador-expulso-por-racismo-foi-um-erro-ele-chama-se-preto
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