Um Café dos Diabos
Se há coisa boa que o século XXI trouxe, são as máquinas domésticas de fazer café expresso. Acabou-se a necessidade de sair à noite, por vezes com chuva, frio ou mau tempo, para ir tomar o cafezinho depois do jantar. Agora basta pôr a cápsula na máquina, premir o botão, e aqui temos a nossa bica pronta a consumir logo a seguir à refeição, como se estivéssemos no restaurante. Um luxo! E não apenas após as refeições, está disponível sempre que queiramos. Ora foi precisamente numa dessas ocasiões, em que eu quis, que me apeteceu tomar um cafezinho de manhã, em vez de sair para ir comprar o jornal (outro hábito obsoleto do século XX). Tirei o meu cafezinho, deitei-lhe meio pacote de açúcar (estou a treinar para ser saudável) e levei a chávena para a mesa do pequeno almoço, onde me sentei a desenhar distraidamente figuras geométricas na espuma do café acabadinho de fazer. Estes cafés modernos têm uma espuma fantástica, só comparável à da imperial acabadinha de tirar, e até dão para de